quinta-feira, 2 de julho de 2009

A pomba


Queria tanto ser como ela!
Formosa e distinta num parapeito de janela…
Ora a debicar umas migalhitas,
Ora a cagar na cachola dos que a aborrecem.

Sinto a tua falta

À noite
Ergue-se timidamente.
Mais que humana
Corrosiva e lacerante.
Esta saudade de ti

Nada se edificou
A não ser o devoluto.

Sem ti sou…
O branco ostensivo
O copo vazio
O eco, eco, eco, eco…
a bagatela.

Sinto a tua falta.
E é só isso o que sinto.