segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Lá, onde me aguardam

Pega nas tuas coisas; vem leve. Traz só o que necessitas e desapareceremos. Sem rasto rumaremos perdidos… tão livremente errantes.
Deixa-os vir também: a dor, o agravo e a redenção. Hoje tudo importa e nada interessa. Somos todos farinha do mesmo estúpido saco.
Acelera! Pelo espelho retrovisor vamos ver o mar e as colinas emaranhados tal qual odes triunfais a quem nos fez brotar da mesma terra. E desaparecerão. Como fumo.
Nuvens eclipsam-se na nossa face e a liberdade está a um bater de asa. Se alguém houver que não queira vir, não lamento por ele, pois verá a seu tempo o que contemplaremos já hoje. Limpo. Solto.
... Enquanto a brisa me eleva rumo ao meu destino final, olho para paredes translúcidas e vejo para além de borralhos e lamaçais. Seremos muitos e predestinados; devolvidos à nossa essência, gritaremos em uníssono PAZ!
Vês? Vês para além?
Bem te disse para trazeres pouca bagagem…

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